tag:blogger.com,1999:blog-1584670997952262571.post267856639888961141..comments2023-04-13T07:37:58.922-03:00Comments on Ciência é...: Notas desconexas sobre lógica (3)* ou A complexa resposta de Gaia.Rafaela L. Falaschihttp://www.blogger.com/profile/03168548962263980263noreply@blogger.comBlogger5125tag:blogger.com,1999:blog-1584670997952262571.post-28138890002589846162011-10-26T21:59:50.957-02:002011-10-26T21:59:50.957-02:00Cara Rafaela, fazia tempo que não voltava ao seu b...Cara Rafaela, fazia tempo que não voltava ao seu blog para apresentar, sempre fatídicamente, minhas percepções sobre o texto de vossos colaboradores. Se me permitir faço algumas considerações a respeito de alguns pontos que me chamaram a atenção:<br /><br />Primeira consideração: o autor (na primeira frase do parágrafo 6) demonstra uma 'predileção' pela hipótese de Gaia, em detrimento da hipótese da Segunda Lei da Termodinâmica (Medéia). Predileções fazem mal ao conhecimento e em geral impugnam o valor do debate.<br /><br />A Hipótese de Gaia nega peremptoriamente a Segunda Lei da Termodinâmica (aumento da entropia), nega a hipótese da Evolução das Espécies (pois em algum momento não havia espécies), e ainda é menos que qualquer uma das grandes religiões no que tenta explicar.<br /><br />No que tange a impugnação de uma debate, há um livro sobre clima (já que o autor discute o tema), chamado Os Senhores do Clima, que toma a Teoria do Leverlock como uma paradigma para sua abordagem. Contudo o autor diz logo na primeira parte do primeiro capítulo que provavelmente a teoria de Loverlock esta incorreta - em função de impugnações já feitas por diversos outros autores. Mas como o autor afirma ter predileção por essa teoria, ele decide interpretar todos os dados sobre o clima (que ele seleciona como relevantes, em um universo obviamente muito maior) a luz desse mesmo paradigma (Hipótese de Loverlock). Enfim, o leitor passa toda leitura se perguntando se ele é mais idiota por ler, que o autor do mesmo por ter escrito aquilo. Opinião: sem dúvida o leitor, pois pagou pelo livro.<br /><br />Segunda consideração: discordo do autor quanto ao seu posicionamento afirmativo sobre a falácia das perguntas complexas. Por exemplo, quando você responde ao inquérito sobre as relações de parentesco entre duas espécies você está tomando como verdadeiro a maior parte do conhecimento que se consolidou como teoria evolutiva, pois obviamente, se não acreditasse em evolução não poderia responder a essa pergunta.<br /><br />Em outras palavras você respondeu positivamente a dois séculos de especulação sobre uma possível teoria de evolução das espécies ao responder uma pergunta cotiana a sua rotina de pesquisadora (ningém pode lhe considerar isenta da responsabilidade de ter respondido positivamente a pergunta: a teoria da evolução é a explicação para diversidade biológica? - a pergunta é complexa e a resposta assimila essa complexidade). Logo qualquer pergunta é eminentemente complexa, e é necessário que seja assim. A ciência é uma construção coletiva e quando você afirma fazer alguma contribuição para a mesma esta em fatos aceitando tudo que os outros fizeram até aquele momento. Coloca uma telha porque aceita que existem tijolos e esses estão colocados de forma correta.<br /><br />Creio que o debate já estaria por si impugnado nos termos que foram propostos, mas ainda gostaria de tecer um comentário sobre o carpe diem "romano". O carpe diem é um conceito derivado da filosofia de Epicuro, que mais se parece com uma religião embrionária (uma discussão do tema em: O Jardim das Aflições - Olavo de Carvalo - Editora É Realizações), e é claro que esse conceito faz parte da própria estrutura da modernidade.<br /><br />Pois se a modernidade ocidental já precindiu do cristianismo e já aceita o materialismo como filosofia única necessária para explicar a realidade e o epicurismo como a própria redenção da humanidade, qualquer coisa diferente de uma carpe diem é retardamento mental. Mesmo que o carpe diem de cada um de nós seja a inutilidade de descrever os pormenores dos processos genéticos que podem ter determinado a história da biodiversidade ou qualquer coisa parecida com isso.<br /><br />Contudo, se alguem diz que retidão moral e ética, e uma ontogenia espiritual associada a cada ser humano são fatores pertencentes a unidade da realiade - quero dizer a unidade objetiva da realidade, então ciência nunca poderia ser o que todos no blog disseram que é, pois estaria impugnando o materialismo científico e a própria validade do método.<br /><br />Ramon Galhardo D Lopes Carvalho<br />ex-aluno da FFCLRP-https://www.blogger.com/profile/06618204976792672731noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-1584670997952262571.post-79273015903895901012011-10-26T21:39:18.736-02:002011-10-26T21:39:18.736-02:00Este comentário foi removido pelo autor.-https://www.blogger.com/profile/06618204976792672731noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-1584670997952262571.post-20764337167168125772011-10-26T21:24:10.863-02:002011-10-26T21:24:10.863-02:00Este comentário foi removido pelo autor.-https://www.blogger.com/profile/06618204976792672731noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-1584670997952262571.post-31908479302526935912011-01-18T14:16:34.022-02:002011-01-18T14:16:34.022-02:00Agradecemos o comentário e participe sempre! :)Agradecemos o comentário e participe sempre! :)Rafaela L. Falaschihttps://www.blogger.com/profile/03168548962263980263noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-1584670997952262571.post-41126502090597539272011-01-18T13:43:37.221-02:002011-01-18T13:43:37.221-02:00Muito interessante o texto! Parabéns!Muito interessante o texto! Parabéns!Paulo Henrique Lopeshttps://www.blogger.com/profile/09948402426342769894noreply@blogger.com