terça-feira, 22 de junho de 2010

O que é Biodiversidade afinal?

Por Rafaela Lopes Falaschi


Mas enfim, se te perguntarem o que é Biodiversidade, o que você diria?

Saímos das escolas acostumados com definições, conceitos geralmente bem delimitados pelos livros ou pelos professores. Mas logo nas primeiras semanas na universidade temos o choque de descobrir que as possibilidades são várias, e as interpretações, maiores ainda. Ou seja, encontramos diversas definições e conceitos para uma mesma coisa. O que não é diferente para o termo biodiversidade.
Num primeiro momento pode-se entender equivocadamente biodiversidade como riqueza de espécies ou abundância, uma vez que é bastante difundido assim em livros didáticos, jornais e revistas, etc. Riqueza, na verdade, trata do número absoluto de espécies, enquanto abundância designa o número de indivíduos em cada conjunto de espécies; já diversidade fala de diferença, multiplicidade de coisas distintas, variadas. Notamos que são compreensões bem distintas, portanto não podemos tratar tais expressões como sinônimos. Mas também restringir o conceito de biodiversidade a somente a diversidade de espécies é muito vago... E foi ao longo do caminhar dessas duas senhoras – a Biodiversidade e a Biologia da Conservação – regado a muitas discussões, que em 1982, numa conferência em Bali (World National Parks Conference), Bruce Wilcox definiu:

“Diversidade Biológica é a variedade de formas vivas… em todos os níveis de sistemas biológicos (ou seja, molecular, organísmico, populacional, de espécies e ecossistemas)..."

E em 2004, no livro “Biodiversity: an introduction” (Biodiversidade: uma introdução) Kevin J. Gaston e John I. Spicer definem Biodiversidade como:

variação da vida em todos os níveis de organização biológica

Definições estas que vão de acordo com uma série de outros estudiosos que dizem ser imprescindível considerar não somente a diversidade de espécies, assim como a diversidade genética, de ecossistemas e dos próprios organismos num nível abaixo o de espécie. Sendo assim, neste espaço, definiremos biodiversidade como a variação da vida em todos os níveis de organização biológica.
Por que essa definição? Analisemos como dissociar ecossistemas e espécies, espécies e organismos, organismos e genética, e assim por diante. Tudo é coeso e “uma coisa só”. A distinção somos nós que fazemos para tentar compreender de maneira mais organizada os objetos de estudo. Só que no longo caminhar dos laboratórios das universidades e centros de pesquisas, até as escolas do ensino fundamental e médio, essa compreensão de separação arbitrária se perdeu e, como consequência, aprendemos a ver o mundo e as coisas de forma bem delimitada, separadas e não relacionadas, com uma definição só, um conceito só.
Percebemos ao longo da nossa história que muitas coisas se relacionam no caminhar das duas senhoras, e que não se não se restringem à biologia. E, não havendo a compreensão dessa visão estanque que adquirimos ao longo da nossa formação pré-universitária (a qual nem sempre é desfeita nas universidades), pouco entenderíamos sobre o porquê de 2010 ser o Ano Internacional da Biodiversidade, e o que isso tem a ver conosco. Partindo dessa definição mais abrangente de biodiversidade e assumindo que faremos uma força para desenvolver uma visão mais sistêmica do mundo, vejamos:
A biologia da conservação surgiu em resposta à Crise da Biodiversidade*. É um dos desmembramentos da biologia mais multidisciplinar (pensando no velho esquema do conhecimento dividido em disciplinas), envolvido em testar a viabilidade a longo prazo de ecossistemas inteiros. Os mesmos biólogos Soulé e Wilcox, dois proponentes da disciplina Biologia da Conservação a definiram, na década de 1980, como “um novo estágio na aplicação da ciência em problemas relacionados à conservação, no que tange a biologia das espécies, comunidades e ecossistemas que são perturbados, direta ou indiretamente pela atividade humana e outros agentes, de maneira a prover princípios e ferramentas para a preservação da diversidade biológica.”. Neste ínterim, já se sabia o que era a diversidade biológica e se percebia que esta estava sendo inegavelmente agredida, como dito por Richard Dasmann ao mencionar os nossos avanços na 3ª Guerra Mundial. Faltava então, uma frente de batalha para reverter tal cenário, ou ao menos desacelerar o ritmo dessas agressões.
O número de conferências abordando o assunto se tornava cada vez mais frequentes, o número de artigos acadêmicos crescia, surgiam revistas científicas especializadas no assunto, livros acadêmicos e não-acadêmicos eram lançados, divulgação científica era feita por meio de jornais, revistas, televisão, rádio (não tão comum aqui no Brasil, em alguns países do exterior, professores universitários e pesquisadores palestram ao vivo, o que hoje acontece também como os podcasts, por exemplo). A atenção da sociedade, de todos os cidadãos era buscada, cada dia mais um pouco. É notório o desejo dos conservacionistas, ecólogos e biólogos da conservação da participação da população no que diz respeito à conservação da biodiversidade do planeta, aquecimento global, destruição da camada de ozônio e outros temas correlatos.
Mais uma pergunta... Por que todo esse empenho? Que tanto a população mundial, sem distinção de classes, etnias, profissões podem fazer a esse respeito? Desconfio que muito! Simples mudanças de hábitos, como jogar o lixo na lata de lixo, reduzir o consumo de carne, reutilizar mais as coisas, cobrar dos nossos representantes políticas preocupadas com resultados a longo prazo, fariam uma diferença de proporções inimagináveis. E por que fazer isso? Mudar hábitos, quais forem estes, é algo bastante incômodo e exige muito movimento, tanto interno como externo. Mas a razão é convincente é óbvia.
Quem joga lixo no chão da sua casa? Compra muito mais do que consome e joga tudinho no lixo sem se importar com o que gastou? Não cobra dos pais o almoço e a mesada? Etc e tal. Salvo exceções, cuidamos da nossa casa. E pasmem! A nossa casa é muito maior do que pensamos. Ela vai além dos muros, das grades, dos portões, das calçadas, das ruas, das cidades, dos rios, dos mares... Parece até jargão, mas a nossa casa é o nosso planeta!!! E por que não cuidar dela toda, e só de um pedaço?
A nossa responsabilidade é muito maior do que compreendemos. Não são os biólogos, ecólogos, conservacionistas, políticos que são os únicos responsáveis por se preocuparem com questões concernentes à dinâmica ambiental da Terra. Eles falam bastante por aí, representam muita gente, mas são muito poucos, em números. Diferença será feita quando os não biólogos, não ecólogos, não conservacionistas, não políticos, ou seja, todos nós, sociedade, realizarmos que o problema é tão nosso, que a solução- se ainda houver tempo, e acredito que haja- também é nossa.

* Discutiremos melhor num outro post o que a “Crise da Biodiversidade”.


Fonte das figuras: 
E. Zang
RedBug (ideia e criação Juliano Caetano)

Para ler:
O Poema ImperfeitoFernando Fernandez, editora UFPR, 257 pp., 2005.
Diversidade da VidaEdward O. Wilson, editora Companhia das Letras, 447 pp., 1998.
Biodiversidade, Edward O. Wilson, 2ª edição, editora Nova Fronteira, ISBN: 85209079X 680, 657 pp., 1997.
Biologia da Conservação, Richard B. Primack & Efraim Rodrigues, ISBN: 8590200213, 2001.
Primavera Silenciosa, Rachel L. Carson, editora Melhoramentos, 1969.

segunda-feira, 7 de junho de 2010

Por aí...




Festival Internacional de Cinema e Vídeo Ambiental – XII FICA

Programação Meio Ambiente


No âmbito do XII Festival Internacional de Cinema e Vídeo Ambiental, FICA ( www.fica.art.br ), realizado anualmente na histórica e charmosa Cidade de Goiás, Patrimônio Histórico da Humanidade – UNESCO, será realizado, nos  dias 10, 11 e 12 de junho (09:00 às 12:00h), o fórum ambiental "Mudanças Ambientais Globais: Tendências, Cenários e Impactos", o qual terá as seguintes mesas-redondas:


1- MESA 1 (quinta-feira, 10 de junho) - Mudanças Climáticas & Biodiversidade  
Dra. Suzana Kahn Ribeiro – Painel Brasileiro de Mudanças Climáticas
Dr. José Alexandre Felizola Diniz Filho – Univ. Fed. de Goiás / The Linnean Society

As mudanças ambientais e climáticas em curso, ao modificarem o funcionamento e estrutura dos ecossistemas, certamente trazem sérias ameaças à biodiversidade. Assim, esta mesa, ao apresentar as bases físicas das mudanças climáticas, bem como as políticas globais e nacionais para enfrentamento do problema, discute os impactos já observados e esperados sobre a biodiversidade (cujo Ano Internacional é celebrado agora, em 2010...), conforme diferentes cenários futuros e modelos de distribuição de espécies, em particular no bioma Cerrado.  

2- MESA 2 (sexta-feira, 11 de junho) - Mudanças Climáticas & Cerrado
Dra. Mercedes Bustamante – Universidade de Brasília / ComCerrado
João Campari – The Nature Conservancy

O bioma Cerrado, o mais ameaçado entre os biomas brasileiros, sendo considerado um dos 34 hotspots de biodiversidade no mundo (haja vista o seu elevado endemismo e acentuada antropização), certamente desempenha importante protagonismo quanto às mudanças ambientais e climáticas globais. Não por outro motivo, Cerrado e Amazônia aparecem juntos na proposta do governo Brasileiro apresentada em Copenhagen (durante a COP-15), com vistas à redução da emissão de gases do efeito estufa. Esta mesa-redonda, ao tratar das várias ameaças à este bioma de aproximadamente 2 milhões de km2 (dos quais, aproximadamente 1 milhão de km2 já ocupados pela agropecuária), discutirá as políticas governamentais de estímulo à sua preservação (por exemplo, a recente criação, por parte do Ministério da Ciência e Tecnologia, da rede de pesquisa ComCerrado) e ocupação... (é no Cerrado que a maior parte da propagada expansão sucroalcooleira acontecerá...), bem como as alternativas para uma ocupação mais sustentável, ambientalmente e socialmente referenciadas.     

3- MESA 3 (sábado, 12 de junho) - Mudanças Climáticas & Cidades
Dr. Newton Moreira de Souza – Universidade de Brasília
M.Sc . Anderson Kazuo Nakano – Instituto Polis

As recentes tragédias ocorridas no Rio de Janeiro e São Paulo não deixam dúvidas que são as grandes cidades e suas populações mais pobres, em particular, as mais vulneráveis às mudanças ambientais e climáticas em curso. Assim, esta mesa, ao discutir os principais problemas ambientais que afetam as grandes cidades Brasileiras, tanto do ponto de vista urbanístico, quanto geotécnico, busca contribuir com uma agenda mínima voltada à correta ocupação do solo urbano, a qual deve ser norteada pelo princípio da justiça social e respeito ao meio ambiente. 

Moderador das Mesas : Dr. Marcel Bursztyn (ex-Presidente da CAPES / Centro de Desenvolvimento Sustentável - UnB)

Paralelamente ao fórum, serão realizados sete cursos, gratuitos, no período de 9 a 11 de junho (15:00 às 18:00h), cujas inscrições poderão ser feitas diretamente na página do festival ( www.fica.art.br ). Estes cursos incluem:


1-     LEGISLAÇÃO AMBIENTAL – ENTENDENDO SOBRE DIREITOS E DEVERES

Dra. Luciane Martins de Araújo Mascarenhas

Abordagem sobre a legislação ambiental pátria, com enfoque na busca do desenvolvimento sustentável. Tem por objetivo propiciar aos participantes a discussão sobre o tema desenvolvimento sustentável, bem como o tratamento legal e constitucional sobre meio ambiente, novas oportunidades de mercado na área ambiental, a importância do bioma cerrado e uma abordagem sobre a Cidade de Goiás como Patrimônio da Humanidade.  


2-     E ESSA TAL BIODIVERSIDADE?

Dr. Paulo De Marco Júnior & M.Sc. Daniel de Paiva Silva

O conceito de biodiversidade; 2. Evolução biológica e a biodiversidade; 3. Biodiversidade brasileira e do Cerrado: por que é assim tão importante? 4. Biodiversidade e economia: os serviços dos ecossistemas! 5. Mudanças climáticas e biodiversidade; 6. Biodiversidade e cultura . Tem por objetivo propiciar aos participantes um conhecimento integrado sobre biodiversidade que permite uma análise crítica sobre a conservação dos ecossistemas em geral e do bioma Cerrado em particular.


3-     ANÁLISE SÓCIO-AMBIENTAL DA BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO VERMELHO

Dr. Manuel Eduardo Ferreira & M.Sc. Pedro Vieira

Obtenção e tratamento de bases cartográficas digitais, manipulação em ambiente de Geoprocessamento (SIG), análise de políticas públicas e caracterização física e socioambiental. Objetiva propiciar aos participantes um conhecimento integrado da bacia do Rio Vermelho, no que diz respeito ao levantamento de informações cartográficas digitais, caracterização dos recursos naturais / sensibilidade ambiental e subsídios para a gestão pública municipal.


4-     RISCOS GEOLÓGICOS E A OCORRÊNCIA DE ACIDENTES NA CIDADE DE GOIÁS E NO ESTADO

Dra. Patrícia de Araújo Romão

Riscos geológicos e impactos ambientais em Goiás. Causas geológicas de acidentes. Objetiva apresentar condições geológico-geotécnicas naturais e modificadas quanto ao risco para a população, relacionadas à ocorrência de acidentes no estado de Goiás.


5-     APLICAÇÕES E PERSPECTIVAS DO GOOGLE EARTH NA ANÁLISE AMBIENTAL APLICAÇÕES E PERSPECTIVAS DO GOOGLE EARTH NA ANÁLISE AMBIENTAL

Geógrafo Fanuel Nogueira Garcia

Métodos de análise de fenômenos e impactos ambientais utilizando o
Google Earth.
Busca propiciar aos participantes o domínio das ferramentas do Google Earth e ressaltar suas potencialidades nas diversas áreas do conhecimento.


6-     MEIO AMBIENTE URBANO

Dr. João Batista de Deus

A cidade e a natureza na sociedade contemporânea. O processo de uso e ocupação do solo urbano. A natureza como imaginário necessário nas cidades. Relação cidade e campo e a questão ambiental. A busca por novos modelos e conceitos de “habitar”. Objetiva propiciar aos participantes uma discussão sobre a cidade na contemporaneidade, seus problemas sociais e ambientais na perspectiva de refletir e repensar o modelo das cidades brasileiras, em especial no Cerrado. 


7-     MANEJO SUSTENTÁVEL DE ESPÉCIES NATIVAS DO CERRADO: FRUTÍFERAS E MANEJO SUSTENTÁVEL DE ESPÉCIES NATIVAS DO CERRADO: FRUTÍFERAS E MEDICINAIS
Maria Luíza Da Silva Oliveira

Técnicas de manejo sustentável das espécies nativas do cerrado e utilização das plantas na culinária e na medicina popular. Validação do uso das plantas medicinais pelo conhecimento tradicional.   Objetivos:Proporcionar formação para melhor conhecimento das plantas do cerrado, tendo em vista, a preservação e melhor aproveitamento das mesmas, de maneira sustentável, a partir de uma abordagem histórica e técnica de coleta e preparo.

terça-feira, 1 de junho de 2010

2010, o ano da Biodiversidade


2010, o ano da Biodiversidade
Por Rafaela Lopes Falaschi

“Conservation biology and the conservation movement cannot reverse history and return the biosphere to its prelapsarian majesty.” (Soulé 1986)

Foi declarado que 2010 é o ano da Biodiversidade. Na verdade, é o ano internacional da biodiversidade. Um ano todinho só para ela, que beleza hein? Mas o porquê será de tamanha atenção para essa jovem senhora? O mundo todo está com os olhos voltados a ela. Bom, vamos saber um pouco sobre ela...
A instituição declarante, a qual representa a todos nós, ou seja, todas as nações, é a ONU (Organização das Nações Unidas). E na sua declaração diz: “Biodiversidade é vida; Biodiversidade é a nossa vida.”. Isso por si só já diz muito. Aliás, diz demais. E me fez questionar, “só um ano?”.
2010 é o ano da Copa, é ano eleitoral e é ano das Olimpíadas de Inverno, além de muitas outras coisas muito importantes e com significados para diferentes pessoas em diferentes locais do planeta. Então –outra questão – por que justamente 2010, ano este tão repleto de eventos que desviam nosso olhar para diferentes direções? E me lembro então das chuvas torrenciais, as quais trouxeram estrago em cidades e vidas de milhares de pessoas, dos terremotos no Haiti e Chile... Fatos que também desviaram muito a atenção de todos nós, bem como a imagem de um urso polar a deriva numa placa de gelo em pleno oceano ártico.
Mas vamos com calma... Primeiro tentemos entender – além do significado dado pela frase colocada pela ONU – por que a Biodiversidade ganhou um ano só dela e porque esse ano é 2010.
Vou começar com um breve histórico. Lá pelos idos de 1968, quando o biólogo Raymond F. Dasmann publicou o livro “Different Kind of Country” (“Diferente tipo de país”, em tradução livre), ele disse:
"We are already fighting World War III and I am sorry to say we are winning it. It is the war against the earth." (traduzindo: “Nós já estamos lutando a 3a Guerra Mundial e eu sinto dizer que nós a estamos vencendo. É a guerra contra a Terra.”)". 
É a partir de seus escritos que questões concernentes à diversidade biológica começam a se popularizar. No mesmo ritmo, não na mesma época, o biólogo Thomas Eugene Lovejoy também faz a sua parte na divulgação e discussão de assuntos relativos à biologia da conservação e biodiversidade, como por exemplo no prefácio que escreveu para o livro de 1980 “Conservation Biology: An Evolutionary-Ecological Perspective” (Biologiada Conservação: uma perspectiva evolutiva-ecológica), dos biólogos E. Soulé e Bruce A. Wilcox, onde o termo diversidade biológica aparece também. Uma pausa: pode parecer que até então não se falava ou pensava nisso, o que é uma impressão equivocada. O que acontece é que ao invés de biological diversity era usado natural diversity, e o termo Biodiversidade (contração de biological diversity, ou seja, diversidade biológica) aparece com W.G. Rose em 1985, durante o National Forum on Biological Diversity e é amplamente difundido em 1988 pelo entomólogo Edward O. Wilson. Dificilmente um estudante de biologia nunca ouviu falar de um livro cheio de páginas, chamado Biodiversidade. O qual inclusive está esgotado, e isso em 2010, o ano da Biodiversidade!
Mas no que ajuda toda essa cronologia de um termo? É que ao seguir essa cronologia estamos acompanhando o surgimento de outra jovem senhora, a Biologia da Conservação. A história de ambas se mistura. Como falar de Biologia da Conservação sem mencionar Biodiversidade? E como tratar de Biodiversidade sem a Biologia da Conservação? E se fugirmos um pouquinho da biologia senso estrito e acompanharmos o desenvolvimento humano, social, financeiro e tecnológico, vamos acabar por entender porque a cada ano estas duas senhoras se tornaram verdadeiras estrelas não apenas na Biologia...
Mas enfim, se te perguntassem o que é Biodiversidade, o que você diria? 


Continua...


Fonte da figura: RedBug (ideia e criação Juliano Caetano)


Para ler:
Biodiversidade, Edward O. Wilson, 2ª edição, editora Nova Fronteira, ISBN: 85209079X 680, 657 pp., 1997.
Biologia da Conservação, Richard B. Primack & Efraim Rodrigues, ISBN: 8590200213, 2001.
Primavera Silenciosa, Rachel L. Carson, editora Melhoramentos, 1969.